Os ataques desesperados de Andrea Murad revelam que a cabeça vazia é a oficina do diabo

por Raimundo Garrone


A deputada Andrea Murad precisa aprender a fazer oposição e deixar de lado a tática equivocada do ataque pessoal a Flávio Dino acreditando ocupar espaço na opinião pública com a polarização do debate entre ela e o governador.

O problema é que a fórmula não funciona com seus discursos limitados a adjetivos próprios da compreensão da realidade, na qual ela e o pai, Ricardo Murad, são exemplos de probidade.

Ao invés de questionar as ações do governo ou denunciar, com o devido fundamento, possíveis atos de corrupção, ela só se preocupa em atacar, seja com o que for.

Amparada pelo poderoso sistema de comunicação da família Sarney, a veracidade de suas denúncias é o que menos importa.

O que vale é o poder de persuasão da mídia para dar aparência de verdade aos argumentos falaciosos com os quais tenta provar eficazmente o que alega.

De tanto acusar Flávio Dino de ser uma pessoa vingativa e cheia de ódio, a digníssima acaba revelando que a sua briga é pessoal e não pela defesa do interesse público.

A sua raiva não é por entender que o governo não corresponda aos anseios da população, mas por imaginar que o governador persegue o seu pai,  acusado pela Polícia Federal de comandar uma organização criminosa que desviou R$ 1,2 bilhão dos recursos da saúde do Maranhão.

Na última quinta-feira, por exemplo, ela subiu a tribuna para atribuir a culpa pelo assassinato de um professor de matemática em Coroatá, que reagiu a um assalto, à política de segurança do novo governo, e a terceira mudança de delegado do município.

E mais uma vez, desta aproveitou a tragédia do professor, para atacar Flávio Dino. Até mesmo a crítica à falta de condições de funcionamento da delegacia do município, onde sua mãe é prefeita , fez de maneira genérica.

Disse que falta combustível, efetivo, armas, munições e alimentação, sem especificar o que é disponibilizado e o que é necessário para garantir a segurança dos coroataenses.

Para completar disse que soube que para a manutenção da delegacia é dado um valor de R$ 1.500,00 por mês.

Ou seja, ela soube!

Onde ja se viu, uma deputada – com todas suas prerrogativas, não apurar devidamente uma informação, como se espera de quem tem a função de fiscalizar o poder Executivo.

Poderia, pelo menos, dar-se ao trabalho de levantar dados oficiais para questioná-los e assim contribuir para a melhorar as ações do governo em todo o estado.

Mas não. Basta um ouviu dizer para subir à tribuna para repetir o que ouve nos salões de beleza; esse sim o lugar adequado para quem vive de fofocas.

Por isso mesmo acabou dando com a cara e os cabelos oxigenados na parede. No mesmo dia do seu discurso, o atual delegado de Coroatá, Daniel Moura, anunciou a prisão dos suspeitos de assassinar o professor Leonardo Pereira, de 26 anos.

Em entrevista à imprensa, Moura ainda deu um exemplo de profissionalismo e obrigação com sua função pública.

– Não estou aqui para fazer graça para ninguém. Vim aqui para trabalhar, não para aparecer ou fazer meu nome. Não tenho interesse em me promover politicamente, nem vestir a camisa de grupos. Meu compromisso é com os policiais e a comunidade – avisou.

Que sirva de lição!